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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Vida

Ouço as pessoas falando para mim certos conselhos, certos “truques” para que torne a Vida algo mais fácil, talvez mais agradável ou até menos sofrível. No entanto, as pessoas sempre esquecem realmente que cada vida é uma singular, e garanto-lhes que jamais teremos uma fórmula específica para sucesso ou felicidade, pois cada um carrega o fardo de uma história, quase como se fosse uma carga genética da qual não podemos escapar nem esconder. Chamem de karma, destino, mérito, mas na verdade não passa mesmo de um fardo, que pode até ser bom, mas não há no universo substância que traga em sua natureza total composição pelo bem. Seja uma moeda ou uma pessoa, seja uma situação ou até mesmo produtos que consumimos, tudo tem seu lado bom e seu lado não tão bom assim.
Outro dia me disseram “Ora Rubens, a vida é muito simples, basta tomarmos decisões e não nos arrependermos delas”. Só esqueceram-se de me avisar quando eu entrei neste jogo chamado “Vida Adulta” que tomar decisões era a parte mais complexa de todo esse joguinho que vivemos. Peguei-me pensando sobre isso e conclui que não existe ser vivo pensante neste mundo que jamais tenha se deparado com uma dificuldade em tomar certa decisão, e se tem é porque este indivíduo vive em um mundo aleatório, pois neste aqui que vos escrevo meus caros, neste as decisões se tornam mais difíceis a cada uma que tomamos.
Ser adulto significa ter responsabilidades e acima de tudo ser coerente, mas ai novamente caímos em contradição! Como podemos ser coerentes o tempo todo se nossas ideias são voláteis e a cada segundo nos pegamos com mil e um pensamentos diferentes? Seria isso um princípio de loucura ou apenas um surto de lucidez em um mundo onde as pessoas parecem estar mais preocupadas com o andar do ponteiro dos relógios do que com o sorriso de uma pessoa?
Os mais velhos nos dizem que na época deles tudo era melhor, mas tendo a discordar em certo ponto. Na época deles ainda existiam princípios cultuados, tradição, honra e a palavra de uma pessoa valia muito mais do que todos os papéis com um pingo de tinta em forma de assinatura. No entanto, muitas coisas mudaram e como exemplo podemos citar apenas a longevidade que atingimos hoje! Mas, novamente, seria isso bom? Seria bom vivermos mais com tantas dúvidas e vivendo vidas em vão como vemos pessoas vivendo por ai?
Uma vez um grande cientista e pensador fez uma citação da qual me apossarei por hora, e disse “se queremos que algo seja diferente, devemos começar as mudanças por nós mesmos”. Decisões, mudanças. Palavras bonitas de fácil descrição, mas difícil utilização. O medo nos tira o prazer de acertar, mas é ele que nos mantém vivos, sendo nosso instinto mais primitivo e mesmo assim o que ainda nos lembramos até hoje já que o amor foi esquecido por muitos.
Infelizmente, só saberemos se a luta foi em vão ou não no final da vida, e isso apenas o tempo governa. Até lá, nos resta ter esperanças, fé e coragem para seguir com nossas ideias e princípios até o final, pois só assim teremos algo desde mundo em outros se é que existem. Seria este mais um devaneio ou mais um surto de realidade? A resposta está em nós, mas não conseguimos descobrir ainda. Dúvidas, decisões, vida!

por R.F.

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